8.2.05

 

Ignomínia na Campanha Eleitoral

O Carnaval, manifestamente, já perturbou o irrequieto espírito do estouvado Alberto João, que quer, nem mais nem menos, expulsar Cavaco Silva do PSD, o conhecido e respeitado Professor de Economia, que exerceu o cargo de Primeiro-Ministro de Portugal durante dez anos, com assinaláveis êxitos, agora tratado displicentemente de Senhor Silva, em aleivosa discriminação, por quem enche a boca de doutorices esbanjadas a esmo a uma corte de nulidades prazenteiras.

Na verdade,sempre achei este Alberto João uma boçal personagem, que só uma conjuntura muito especial na Madeira tem permitido premiar politicamente decénios a fio, a provar que a Democracia também pode produzir descomunais absurdos.

Aqueles que sempre com ele contemporizaram têm aqui mais um excelente exemplo da sua grosseria agora até auto-flageladora (para o Partido), comprovando que, quem cultiva destas flores, delas lhes colhe o perfumado cheiro.

Nem o então mui moço e deveras insolente porta-voz do PS, António José Seguro, nos anos 90, tinha alguma vez ido tão longe no insulto à pessoa de Cavaco Silva. Até nisto, Pedro Santana Lopes anda azarado. Mas quem escolhe destas companhias e apoios deve saber ao que vai.

Desde há muito que Alberto João e seus boçais acólitos vêm pisando o risco da decência, sem ninguém lhes fazer frente, desde o Presidente da República, ao Governo da Nação, à Assembleia da República, aos Tribunais, etc. Todos têm sido enxovalhados por aquela malta do dito Governo Regional da Madeira, que, de tanta impunidade, cobra alentado ousio.

Veremos agora como lidam os actuais dirigentes do PSD com esta inusitada agressividade, que roça as raias da ignomínia e pode lançar o Partido num confronto fratricida.

Até onde a desastrada orientação Barrosista-Santanista pode levar o Partido dos Social-Democratas ?

AV_Lisboa, 08 de Fevereiro de 2005, terça-feira de Carnaval, também político.

Comments:
O comportamento de Alberto João Jardim é deplorável.

O problema dele e da Madeira, ou melhor, o nosso problema, chama-se autonomia. Quando, na organização político-administrativa de um país, se aceita a existência de regiões autónomas enfraquece-se sempre o poder central. Aqueles que conquistam a autonomia administrativa têm sempre tendência para reivindicar mais atenção e mais dinheiro do poder central.

O líder da região que mostrar mais eficácia nesse permanente espremer da "teta" garantirá o voto dos eleitores. Ainda que seja um carroceiro (com as minhas desculpas aos carroceiros) como Alberto João Jardim. Aos madeirenses o que é que isso interessa, se ele consegue sacar dinheiro ao “contnente”? Todos unidos em torno dele, somos forçados a reconhecer, é uma atitude racional dos madeirenses. Se a Madeira fosse independente, nada se passaria desta maneira. O Alberto João Jardim não durava mais de um ou dois mandatos.

Embora de uma forma mais atenuada, este fenómeno já se observa nas nossos municípios, cujos presidentes não param de reivindicar mais dinheiro do governo central. E nós sabemos a forma como eles o gastam ...

O presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, seja ele do PS ou do PSD, aparece permanentemente na comunicação social a exigir mais transferências do governo central. Ainda que as receitas aumentem, como se verificou recentemente com o aumento de cerca de 20% da contribuição autárquica, eles pedem sempre mais. O actual presidente da ANMP, o Sr. Fernando Ruas, veio reconhecer publicamente esta agradável surpresa, mas isso não o impediu de, entretanto, continuar a exigir mais dinheiro ao ministro das Finanças.

É por razões desta ordem que a regionalização do país, como queria (e parece que continua a querer) o PS, seria uma tremenda asneira.

Assinado : SOKAL
 
As aleivosias de Alberto João Jardim relativamente a Cavaco Silva e agora as dissertações patetas de Marco António, líder da Distrital do PSD Porto, mostram a falta de idoneidade de muitos dos actuais dirigentes do PSD.

Como se verifica, através da nota emitida pela Direcção Editorial do jornal Público, que abaixo transcrevo, a “notícia” que tanto excitou aqueles dois idiotas nem sequer correspondia à verdade. Aproveitaram, apressada e precipitadamente, um pretexto erróneo para vomitarem a raiva que sentem por alguém que lhes é claramente superior e que cometeu o “pecado” de se recusar a fazer campanha pelo candidato deles, um equívoco chamado Santana Lopes que não merece outro destino senão o caixote do lixo da História.

SOKAL

Nota da Direcção (do Jornal Público)

A notícia "Cavaco Silva aposta em maioria absoluta do PS" suscitou um conjunto de reacções que obrigam aos seguintes esclarecimentos e correcções:

1. É verdade, como se lê na nota enviada pelo antigo primeiro-ministro à Agência Lusa, que este não fez "qualquer declaração ou comentário sobre o processo eleitoral em curso". A notícia do PÚBLICO, que procurava enquadrar a recusa de seu envolvimento nesta disputa eleitoral relacionando-a com as eventuais ambições presidenciais, vinha a ser trabalhada há várias semanas e resultou do cruzamento de várias fontes. Foi paginada naquele dia porque o tema das presidenciais entrara na véspera na campanha eleitoral. Contudo, ao falar das intenções de Cavaco Silva sem que este tivesse tomado qualquer posição pública, a notícia permitia um desmentido nos termos do de ontem.

2. A direcção editorial do PÚBLICO reconhece que fez uma má escolha do título de capa ao optar pela expressão "aposta em", expressão ambígua a meio caminho entre o "prevê" e o "apoia". Deste caso também retira que se devem respeitar os silêncios dos políticos: as convicções jornalísticas sobre as suas intenções ou desejos, mesmo as melhor fundamentadas, devem ser apenas objecto de textos de análise ou de comentário. Ao fazer delas título de primeira página o PÚBLICO errou. Pelo facto pede desculpa aos leitores.
 
Não me parece que a estupidez e a má educação tenha a ver com autonomia
É também evidente que, os supostos educadores que são os media ,sabem onde recolher um bom espectaculo
O povo madeirense merecia melhor , mas quando o ganha pão depende da
côr do voto,quem trocaria o certo pelo incerto?
O problema tem solução ? Só os madeirenses o podem resolver; mas precisão da "ajuda" dum governo central que tenha vergonha ,o que até agora ainda não aconteceu!..
 
Não me parece que a estupidez e a má educação tenha a ver com autonomia
É também evidente que, os supostos educadores que são os media ,sabem onde recolher um bom espectaculo
O povo madeirense merecia melhor , mas quando o ganha pão depende da
côr do voto,quem trocaria o certo pelo incerto?
O problema tem solução ? Só os madeirenses o podem resolver; mas precisão da "ajuda" dum governo central que tenha vergonha ,o que até agora ainda não aconteceu!..
 
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